Vida nos quilombos

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a cor como referência
Ao falar em quilombo, já nos vem a mente uma série de conexões linguísticas correlatas ao termo como: escravidão, colônia, tráfico negreiro, alforria, etc. Talvez isso se deva ao fato do termo está ligado diretamente ao contato com a disciplina de História de Brasil, ou ainda por constituírem referenciais e construções socioculturais de jogos de poder. No segundo caso faz-se necessário o cuidado para não neutralizar essas construções como algo que já nasce pronto e acabado. É sabido o quanto um referencial qualquer: indígena, negro, branco, etc. são construções categóricas responsáveis pela manutenção e continuidade dos processos sociais.



quilombos africanos
Quando a estrutura colonial, baseada na mão-de-obra escrava, já sinalizava a falência desse modelo econômico, muitos escravos alforriados que resistiam à escravidão se organizavam em grupos conhecidos como quilombos. Embora o quilombo já fosse uma realidade na África, ou seja, já existisse como armamento militar dos guerreiros jagas, o modelo de quilombo que foi sendo articulado pelos escravos no Brasil, foi uma alternativa de viver em comunidade, isto é, entre os comuns. Além do mais, o quilombo representava o símbolo da resistência negra contra a escravidão. A escravidão do modo como foi praticada no Brasil, não foi uma peculiaridade das Américas, pois que a literatura do século XV, por meio da colonização europeia, já constata seu pleno funcionamento na África, de onde se supõe que a prática da escravidão é bem anterior ao desembarque dos colonizadores. 



Palmares - o quilombo
Embora o quilombo dos Palmares, que remota ao século 17, seja imediatamente lembrado como referência de resistência, existiram muitos quilombos espalhados pelo Brasil . Entre is maiores quilombos destaque-se o de Jabaquara, que data do século 19 na Serra de Cubatão da provinciana São Paulo. O quilombo dos Palmares foi o mais conhecido do período colonial – símbolo de resistência das guerras do açúcar. Seu principal representante foi Zumbi. O quilombo não pode ser compreendido como uma organização que buscava o isolamento. Na maioria dos quilombos observa-se a existência de complexas relações sociais, políticas e econômicas que dividia a sociedade em dois mundos completamente distintos: a sociedade quilombola e a sociedade senhorial e latifundiária.



organização social
Os quilombos tinham uma organização social bastante simples, semelhante as aldeias africanas. Cada quilombo era dividido em vários mocambos (núcleos de povoamentos). As atividades eram compartilhadas entre todos, mas havia o senso de liderança por parte de um líder que em geral comandava o quilombo, ou seja era centralizador. Essa estrutura permitiu a prática de seus costumes, hábitos e podiam praticar livremente suas tradições religiosas. Desse modo, cada quilombo tinha seu próprio chefe com poder de tomar as decisões e organizar as resistências contra os ataques militares.


economia
Na sociedade quilombola as atividades produtivas interagiam com a economia local, produzindo-se em pequenas roças e paralelo ao comércio informal, os camponeses criaram uma economia predominantemente compartilhada por libertos, escravos, taberneiros, lavradores, vendeiros e pelos próprios quilombolas. A economia campesina criou estratégias de autonomia diferenciadas que paulatinamente estendia seus produtos agrícolas a outras rotas comerciais. Os quilombolas conquistaram e ampliaram as margens de acesso, autonomia e controle das terras para o desenvolvimento da produção agrícola. O quilombo representou para o negro a obtenção de direitos que lhes eram negados e ainda o controle sobre o seu tempo e ritmo de trabalho, convívio familiar, folga, lazer e a possibilidade de comercializar seus próprios produtos.





















REFERÊNCIAS


BEZERRA, Antônio A. História do Brasil. Disponível em http://graduacao.ead.ufal.br/pluginfile.php/13229/mod_resource/content/1/livro%20texto.pdf . Acesso em 16/08/14.

QUILOMBO DOS PALMARES.Disponível em http://www.infoescola.com/historia/quilombo-dos-palmares/ Acesso em 15/08/14.

RODRIGUES, Gilson. História e cultura afro-brasileiras. s.l. s.d.

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