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Antropologia: características do paradigma hermenêutico

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Características do Paradigma hermenêutico Uma das mais fortes características do paradigma hermenêutico, segundo Cardoso de Oliveira (2006), é a intersubjetividade do Antropólogo. “E justamente o reconhecimento dessa intersubjetividade que torna o antropólogo moderno um cientista social menos ingênuo”(p. 31). Portanto, através da intersubjetividade, a percepção da realidade (ouvir, falar e escrever) é responsável por focalizar a pesquisa empírica. No entendimento do autor, a textualização dos dados provenientes da observação sistemática, deve acontecer antes da escrita. O paradigma hermenêutico, na análise de Cardoso de Oliveira(2006), é um paradigma vinculado à tradição intelectualista europeia continental. Para ele, trata-se de uma tentativa bem articulada, embora tardia, que buscava recuperar a perspectiva filosófica do séc. XIX. O paradigma hermenêutico pode ser compreendido como uma reação contra o pensamento Iluminista. Por esse motivo é que se popularizou o uso da

Características do Estruturalismo Francês

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Conceito de Estruturalismo Vasconcelos (2005), identifica o estruturalismo como um conjunto de princípios identificáveis em diversas áreas: “na Linguística, com Sausurre; na Antropologia, com Lévi-Strauss; na Psicologia, com Piaget e Lacan; na Filosofia com Althusser” (p. 96). Para o autor, o estruturalismo é mais do que uma corrente de pensamento teórica e bem estruturada, mas antes um conjunto difuso de posicionamentos que caminha por diferentes perspectivas.   Origem Na França dos anos 60 desabrochou uma nova linha de estruturalismo em oposição ao humanismo e historicismo existencialista. Também chamado de Estruturalismo Francês ou pós-estruturalismo, na prática, o pós-estruturalismo, foi uma tentativa de superação do estruturalismo clássico francês. Características Uma das características do pós-estruturalismo, assinalada por Vasconcelos (2005), diz respeito à rejeição de grandes modelos explicativos, uma tendência de questionar a objetividade da historiografia e

Totemismo Hoje - parte II

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Totemismo hoje - parte 1

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O livro intitulado "Totemismo hoje", é uma tradução do texto original publicado em 1962 em francês: Le Totemisme Aujord'huide, de Caude Levi-Strauss. Trata-se de um ensaio dividido em cinco capítulos que será posteriormente complementado com uma segunda obra (uma monografia) denominada de Pensamento selvagem. Em a ilusão totêmica, Levi-Strauss trata de fazer uma descrição clara da histeria relacionando-a com o estudo sobre o totemismo. Comparando o totemismo da antropologia vitoriana com a histeria, percebe que a histeria foi criada com o objetivo de dividir uma classe de pessoas lúcitas de outras consideradas loucas ou insanas. Na busca de fortalecer essa divisão, o grupo de indivíduos que faziam uso do totemismo eram agrupadas como aqueles que eram ignorantes em lógica e também não conseguiam fazer distinção entre fenômenos, puramente naturais, produto da cultura material do homem (KUPER, 2008). Rocha (2006,) concorda que existe uma homologia entre os dois grup