Introdução ao Marxismo II



materialismo histórico dialético
A concepção do materialismo histórico dialético, procura compreender as transformações sociais do processo histórico, pois segundo Marx, a sociedade não é estática, mas está em constante mutação. Se pensarmos nas transformações do modo de produção que antecederam o capitalismo, como por exemplo, o feudalismo, o asiático, comum primitivo, percebe-se que nem esses sistemas, nem as relações de produção são inatas. Dialeticamente,  um modelo econômico tem uma origem, um desenvolvimento e, fatalmente,será substituído por outro. Segundo o materialismo histórico sempre existiram nas sociedades uma relação entre dominador e dominado, exploradores e explorados, ou seja,  as lutas entre as  diferentes classes sociais que funciona como o motor da história. Por esse motivo, seu materialismo defende a luta  das forças contrárias através do inter-relacionamento.

Forças produtivas
As Forças produtivas são aqueles instrumentos de produção que são criadas para que os trabalhadores manejem esses instrumentos transformando-os em hábitos de trabalho. Um exemplo de forças produtivas são os instrumentos de trabalho como maquinários, ferramentas, matéria-primas e toda estrutura necessária que é impulsionada pela força de trabalho. Outra fonte de força produtiva são os recursos naturais explorado pelo homem como a terra para plantação, uso da água e do sol para produzir energia, etc. Historicamente, as forças produtivas são aperfeiçoadas  ao longo dos tempos, e apropriadas por um determinado grupo dominante.

Relações de produção
As relações de produção referem-se ao relacionamento social entre as pessoas envolvidas no processo produtivo. Assim, nas relações de produção um grupo que detém as forças produtivas decide sobre o que seja melhor para seu grupo social, considerando seus próprios interesses individuais ou do grupo a qual pertence. O conflito existente entre os dois grupos, configura como sendo o “motor” da história dependendo do estágio de desenvolvimento.

superestrutura e infraestrutura
Marx destaca os poderosos efeitos da ideologia na vida social que impede a sociedade evoluir para um estágio de desenvolvimento mais igualitário entre os grupos. A compreensão da configuração dessas instituições estão diretamente ligadas ao conceito de estrutura e infraestrutura. A superestrutura é um dos sustentáculos da base de toda sociedade. Para Marx, a superestrutura compreende as organizações políticas, jurídicas e religiosas. As corporações como Estado, sociedade, religião, cultura e justiça são as principais formadoras de ideologias e significados que são determinadas pela infraestrutura(meios de produção): indústria, comércio e todos os determinantes que compõem as bases de um sistema de produção de mercadorias.

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