Preconceito e sociedade



O preconceito possui uma causa de origem social, mas a sutileza de sua ação não permite ser flagrada pelo senso comum que em suas frustrações individuais passam despercebidas. O preconceito pode ser compreendido em fases distintas e sob diferentes contextos geográficos. Na fase narcisista, sua execução engendrava o modelo de estética europeizado projetando uma imagem de homem (e mulher) perfeitos. Sua forma mais cruel consiste quando a soma desses valores assumem a forma de um narcisismo coletivo em busca da moeda para comprar o belo: o tipo e o tom do cabelo , a cor da pele, olhos claros, a altura desejada e outras características que a indústria cultural reforça como sendo supostamente a melhor.

Os meios de comunicação de massa (do inglês, Mas Média) ou simplesmente MCM, tiveram nos avanços tecnológicos, os principais mecanismos sociopsicológicos para reprodução desses "valores," impedindo, dessa forma, a estruturação de um "eu" baseado na experiência ou na diversidade e outra ainda nas diferenças culturais. Nessa dinâmica da falsa projeção da imagem, dar-se ênfase total ao imediato - flash - produzido pelos MCM e que desloca o foco da reflexão principal: a imagem interior que carrega a alteridade, a tolerância e o afeto. Nesse sentido, a falsa projeção da imagem constrói a segregação de grupos como por exemplo, judeus, negros, nordestinos, ameríndios entre tantos.


SILVA, Maria. J. D. Valores, preconceitos e práticas educativas. São Paulo: Casa do psicólogo, 2005.
Imagem disponível em https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=imagem+preconceito. Acesso em 22/06/14

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