Templos de Maceió
A dicotomia espaço sagrado versus espaço profano, habita o imaginário humano desde tempos remotos e se mantém presente na atualidade. Isso pode ser percebido através da competição entre espaços: qual é a compreensão que temos quando visualizamos igrejas entre bares, senão a luta entre o homem religioso e o não-religioso. Conquanto um enaltece a experiência religiosa, outro dessacraliza e desvaloriza o comportamento religioso assumindo apenas uma existência profana. Assim, entre hierofanias e Caos o abismo que separa ambos os espaços é mediado pelo conflito existente entre sagrado e profano.
Essa divisão: sagrado e profano obedece a uma lógica de raciocínio ocidental que estabelece uma linha divisória entre bem e mau, certo e errado e por aí vai. Esses contextos não existem em algumas espiritualidades que vêem nas duas face uma única moeda, poi não é fácil traçar o limiar de onde termina o profano e se inicia o sagrado. Se um indivíduo compromete-se em desvelar o sobrenatural numa lógica niilista ou materialista, ateísta, etc. perceberá o mundo como construção histórico-social. Por outro lado, se o foco de sua abordagem é pautada na experiência pessoal, vivências e crenças religiosas a constatação a que chegarão, fatalmente será a verdade revelada, verdade religiosa, verdade dogmática. Tanto em uma quanto em outra, as conclusões a que se chegam já estão a priori determinadas pelas premissas que argumentam as relações entre diacronia e sincronia. Pessoalmente, não consigo vislumbrar o sagrado entrando em um templo, ou uma mesquita, terreiro, centro, etc. enquanto espaço em que se vislumbra o sagrado. A compreensão que tenho é de apropriação do espaço profano pelo sagrado onde emerge uma reconfiguração da percepção do espaço.
A arquitetura dos espaços também pode ser interpretada como fruto do trabalho humano. Para o homo religiosus, o espaço não é algo homogêneo. Admite desse modo, a existência de duas experiências: uma primeira e primordial que é a experiência religiosa, entendida como o “eixo central”, ou “ponto fixo”, a “fundação do mundo”. A descoberta dessa experiência, manifestada através de uma hierofania, revela um mundo absoluto que tem importância existenciall para o homem religioso.
Uma segunda experiência denominada de profana e que se contrapõe ao sagrado.O profano é concebido como o dessacralizador, desencantado por oferecer uma resposta sobre a realidade desvinculada do mundo transcendental – é a experiência total do indivíduo moderno: um novo jeito de pensar e agir.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992
Essa divisão: sagrado e profano obedece a uma lógica de raciocínio ocidental que estabelece uma linha divisória entre bem e mau, certo e errado e por aí vai. Esses contextos não existem em algumas espiritualidades que vêem nas duas face uma única moeda, poi não é fácil traçar o limiar de onde termina o profano e se inicia o sagrado. Se um indivíduo compromete-se em desvelar o sobrenatural numa lógica niilista ou materialista, ateísta, etc. perceberá o mundo como construção histórico-social. Por outro lado, se o foco de sua abordagem é pautada na experiência pessoal, vivências e crenças religiosas a constatação a que chegarão, fatalmente será a verdade revelada, verdade religiosa, verdade dogmática. Tanto em uma quanto em outra, as conclusões a que se chegam já estão a priori determinadas pelas premissas que argumentam as relações entre diacronia e sincronia. Pessoalmente, não consigo vislumbrar o sagrado entrando em um templo, ou uma mesquita, terreiro, centro, etc. enquanto espaço em que se vislumbra o sagrado. A compreensão que tenho é de apropriação do espaço profano pelo sagrado onde emerge uma reconfiguração da percepção do espaço.
Uma segunda experiência denominada de profana e que se contrapõe ao sagrado.O profano é concebido como o dessacralizador, desencantado por oferecer uma resposta sobre a realidade desvinculada do mundo transcendental – é a experiência total do indivíduo moderno: um novo jeito de pensar e agir.
ELIADE, Mircea. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992
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