Educação à distância



O conceito de Educação a Distância é vasto e possui diferentes aportes dependendo de cada autor. Entre os autores que se aventuram em dar uma definição precisa destacam-se Moore e Kerley, Pacok, Garcia Aretio, Preti, Landim entre outros.

As origens da EAD remota às civilizações antigas da Grécia e Roma, no entanto, sua forma institucional é extremamente nova surgida no século XIX. Os fatores que contribuíram para esse fenômeno foi o desenvolvimento do serviço postal, dos transportes e tecnologias. Atualmente 14 países tem investido nos programas dessa modalidade. Os principais centros de referência são a França, Espanha e Inglaterra.

No Brasil as primeiras experiências no ensino à distância datam de 1922 através da rádio sociedade do Rio de  Janeiro. Outros programas de ensino que também estão no rol da vanguarda à EAD são o IUB (Instituto Universal Brasileiro) em funcionamento desde a década de 40 até os dias de hoje. Na década de 60 e 70 o Estado brasileiro cria o Prontel, em seguida vem o Projeto Minerva, ABT, Projeto Saci (TVE); Logus(MEC); Telecurso 2º grau (FRM); Mobral (MEC); Senac; Senai; Tv Escola, Proinfo; Fundescola; Proformação; Prolicenciatura; Mídias na Educação. Essa profusão de projetos favoreceram possibilidades de se articular novas metodologias e aprimoramentos para a consolidação do sistema EAD.

O objetivo da EAD é facilitar o processo de ensino-aprendizagem, cuja importância dos instrumentos didáticos proporcionam ampla interação relacional. Essas tecnologias de que trata a EAD levam em consideração os objetivos de cada curso em particular, pois é sabido que cada país tem  sua própria autonomia legislativa sobre a EAD. Vale ressaltar que a implementação de políticas tímidas pouco  adiantam. Necessita-se de uma ação de alcance nacional. Outro fator importante seria o apoio de instituições tradicionais(ainda reticentes às inovações educacionais), ou essas instituições mudam sua visão sobre o uso de tecnologias na educação ou correm o risco de verem seus sistemas ficarem obsoletos.

Cada esfera pública regulamenta o credenciamento e autorização de cursos em EAD. A única exceção é o Sistema Federal, que está sob competência do MEC. Os cursos de graduação e pós-graduação são conferidos por instituições credenciadas pela União, casos em que o diploma foi adquirido no exterior, faz-se necessário fazer a revalidação.

Os requisitos básicos para o funcionamento da EAD bem como sua estrutura e organização deve atender à critérios de planejamento, tais como: estrutura e organização; planejamento; qualificação profissional; socialização do conhecimento; criação do PDI (projeto político+material didático+tecnologias). A observação do PDI deve contemplar com clareza os objetivos do projeto, se há tendência de mercado e qual o público a ser atingido, carga horária, etc.

A aprendizagem do aluno em EAD se revela numa dinâmica de fatores, muito dos quais se destacam os anseios e intenções com o curso, ritmo diferenciado, ambiente não presencial, modo como é administrado o tempo de estudo, suporte teórico e avaliação. Nos sistemas de ensino EAD os papéis de cada ator está bem definido. Quanto aos conceitos e usos de REDE, (física, sociais), WEB, coordenador, tutor, técnicos e adjacentes são amplamente discutidas numa concepção de desenvolvimento – Estado, Mercado e Sociedade.

A visão do ambiente virtual de aprendizagem via WEB tem como premissas a ideia de que o ensino compartilhado é mais eficiente, pois aprendendo juntos constrói-se o intercâmbio entre emissor e receptor. O novo paradigma ensino-aprendizagem suscita uma nova maneira de ensinar, novas metodologias, uso de tecnologias. Nesse caso, em particular, a aprendizagem é pluridisciplinar. O surgimento de aulas virtuais possibilitou ao aluno de EAD apreender vários tipos de conhecimentos (visual, sonoro, sinestésico). O uso da WEB como processo construtivo do conhecimento criou possibilidades até então desconhecidas. Pode-se classificar esse ambiente como cooperativista-socializador-participativo.

O modelo de tutoria foi tomada emprestada das universidades do século XV. Desde sua fundação a tutoria foi criada para acompanhar e oferecer suporte ao estudante e nesse aspecto sua importância é crucial, pois assegurará o alcance dos objetivos do curso. Na prática, docência e tutoria caminham juntas sendo que a diferença existente entre uma e outra é apenas de cunho institucional (tempo/oportunidade/risco). Ademais, o tutor participa de todas as etapas do programa. Outra singularidade do acompanhamento em EAD está no desenvolvimento e organização que difere do modelo presencial. Requer uma estrutura complexa e mudanças do modelo professor-transmissor de conhecimentos. A superação desse limite para alguns autores como Niskier, acontece quando é definido o papel da tutoria.

As atribuições do tutor são ancoradas pela informação e orientação e ainda, rapidez em dar respostas aos trabalhos e atividades, conhecimento e domínio do conteúdo do curso. A experiência desse tipo de acompanhamento relata importantes resultados como o caso exemplar da Universidade do Reino Unido. Estudos revelam que o apoio da tutoria garantem melhor desempenho aos estudantes devido ao elemento assíncrono do sistema que contempla entre outros a resolução de problemas, tutoria individual, grupo de trabalho, reposição de perguntas e respostas, tutorial pelo IRC, tutorial audiográfico.

PIMENTEL, N. M. Educação a distância. Disponível em http://graduacao.ead.ufal.br/mod/resource/view.php?id=1253. Acesso em 22/06/13

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