O que é um líder religioso?
A
reflexão inicial que se faz é compreender
o conceito de
líderança
religiosa.
Seria possível
estabelecer uma tipologia entre os diferentes líderes religiosos? As
religiões conseguem agregar multidões em torno de seus sistemas
institucionais e
essas pessoas em geral tem
seus comportamentos e regras orientadas por um líder de natureza
religiosa ou secular.
As organizações
religiosas necessitam de legitimação para seu funcionamento, de
modo que podem variar nas formas carismática, tradicional e
racional. Aqui reside a importância da liderança como figura
central, pois necessita-se que o líder além de legítimo, tenha
domínio sobre o grupo que lidera. O domínio refere-se a construção
do discurso que legitima tanto a autoridade local quanto a hierarquia
na qual se vincula o discurso.
Assim, por exemplo, procura-se justificar a organização religiosa por meio do discurso de sua “origem divina”, ou do compartilhamento de suas “verdades universais” aos fiéis. Essas estratégias logram êxito na maioria das organizações religiosas, pois conseguem, na maioria das vezes, produzir unidade interna do grupo tanto na esfera das representações como também nas práticas religiosas. Verifica-se que essa capacidade de integrar os indivíduos é maior entre organizações religiosas de pequeno porte.
A uniformização dos costumes do grupo é mais visível nessas organizações onde o modus vivendi é reforçada pela liderança religiosa: a maneira como o indivíduo deve falar, os alimentos que podem ser consumidos a partir do pertencimento do grupo religioso, a forma adequada de lazer, modo de se vestir, etc. Dependendo da organização religiosa, os comportamentos sociais e particulares devem adequar-se à doutrina religiosa que se professa, tendo o indivíduo que optar entre a unificação da fé comum do grupo ou sua fragmentação que pode resultar no afastamento (PASSOS, 2006).
Assim, por exemplo, procura-se justificar a organização religiosa por meio do discurso de sua “origem divina”, ou do compartilhamento de suas “verdades universais” aos fiéis. Essas estratégias logram êxito na maioria das organizações religiosas, pois conseguem, na maioria das vezes, produzir unidade interna do grupo tanto na esfera das representações como também nas práticas religiosas. Verifica-se que essa capacidade de integrar os indivíduos é maior entre organizações religiosas de pequeno porte.
A uniformização dos costumes do grupo é mais visível nessas organizações onde o modus vivendi é reforçada pela liderança religiosa: a maneira como o indivíduo deve falar, os alimentos que podem ser consumidos a partir do pertencimento do grupo religioso, a forma adequada de lazer, modo de se vestir, etc. Dependendo da organização religiosa, os comportamentos sociais e particulares devem adequar-se à doutrina religiosa que se professa, tendo o indivíduo que optar entre a unificação da fé comum do grupo ou sua fragmentação que pode resultar no afastamento (PASSOS, 2006).
No Brasil, muitos
movimentos sociais de
contestação tiveram
forte conteúdo religioso,
sem no entanto, suas frentes serem
necessariamente uma liderança religiosa. Outros movimentos de fundo
social, a
exemplo dos liderados por Antônio Conselheiro, na Bahia, ou por
Cícero Romão Batista,
em Juazeiro, foram
liderados por um beato e um sacerdote, respectivamente.
Mas, afinal, o
que faz de um homem comum ganhar o
status de religioso e líder?
Qual o papel desempenhado
por esses homens e
o que a sociedade espera de suas atribuições?
Seguirei
o raciocínio
de Stark (2008), na
busca para compreender
essas diferentes categorias a
partir de uma definição genérica chamada de especialista
religioso. Segundo esses autores, um especialista religioso é alguém
que se especializou em administrar o sagrado intermediando entre o
mundo transcendental e as
necessidades humanas. A
relação entre um líder religioso com seu público se dá por
meio de trocas sociais. Ora,
os indivíduos não vivem
isolados uns dos outros, mas em constante interação e
em algum momento irão se relacionar participando ativamente das
trocas sociais. Essas
trocas, são efetivadas
por meio
de ganhos
(recompensa), ou perdas (compensadores
gerais).
Os compensadores gerais são pressuposições que se baseiam em argumentos sobrenaturais. Assim, os ritos de passagem, os símbolos religiosos, as vestimentas e outros objetos considerados sagrados só poderão ser administrado por alguém especializado nesses assuntos. Desse modo, embora qualquer homem normal tenha condições de batizar um indivíduo, não o pode fazê-lo na condição de leigo. A ação é interditada, pois o grupo social não lhe confere a legitimidade.
A eficácia do batismo, por exemplo, só é realizada por meio de uma pessoa especializada, que veste trajes exóticos e faz uso de palavras diferenciadas e gestos diferenciados. O local também é diferenciado para a realização do rito (batismo, casamento, funeral, etc.). Nesse sentido, o líder religioso é um indivíduo que se diferencia do público geral e é apresentado sob diferentes status social como um guru, pastor, freira, sacerdote celta, wicca, aiatolá, lama, babalorixá, médium, xamã, beato, monge, frade, bispo, pastor, papa, patriarca, profeta, místico, curandeiro, etc.
Os compensadores gerais são pressuposições que se baseiam em argumentos sobrenaturais. Assim, os ritos de passagem, os símbolos religiosos, as vestimentas e outros objetos considerados sagrados só poderão ser administrado por alguém especializado nesses assuntos. Desse modo, embora qualquer homem normal tenha condições de batizar um indivíduo, não o pode fazê-lo na condição de leigo. A ação é interditada, pois o grupo social não lhe confere a legitimidade.
A eficácia do batismo, por exemplo, só é realizada por meio de uma pessoa especializada, que veste trajes exóticos e faz uso de palavras diferenciadas e gestos diferenciados. O local também é diferenciado para a realização do rito (batismo, casamento, funeral, etc.). Nesse sentido, o líder religioso é um indivíduo que se diferencia do público geral e é apresentado sob diferentes status social como um guru, pastor, freira, sacerdote celta, wicca, aiatolá, lama, babalorixá, médium, xamã, beato, monge, frade, bispo, pastor, papa, patriarca, profeta, místico, curandeiro, etc.
REFERÊNCIAS
STARK,
Rodney. Uma teoria da religião.
São Paulo: Paulinas, 2008.
PASSOS,
João D. Como a religião se organiza: tipos e processos.
São Paulo: Paulinas, 2006.
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