Liberdade e igualdade segundo John Rawls, Ronald Dworkin e Robert Nozick


Quais os desafios para criar uma sociedade mais livre e igualitária?



A premissa inicial dos revisionistas liberais é de que o modo como a sociedade se organizou, submetendo os homens uns aos outros, numa relação de domínio, onde as diferenças entre os mesmos foram intensificadas devido ao aumento de privilégios de uns em detrimento de outros formam a tônica das discussões sobre liberdade e igualdade. A fim de equalizar essas desigualdades, John Rawls, propôs a criação de um contrato social fundamentado por leis, onde as partes se submeteriam as regras sociais a fim de resguardar a vida em sociedade. Essas regras de conduta é formada por um sistema de cooperação que tem como base o bem comum daqueles que vivem em sociedade e que podem ser expressas a partir de dois princípios: o da igualdade de oportunidades e o princípio da diferença.



Para Ronald Dworkin, os desafios na criação de uma sociedade mais igual reside no respeito do princípio de neutralidade, onde o governante age, imparcialmente, sem distribuir privilégios, mas tratando a todos com igualdade, se contrapondo ao princípio de intervenção. A chave para eliminar as desigualdades, segundo Dworkin, seria através do econômico, ou seja, cada indivíduo receberá conforme sua capacidade de produzir bens. Se trabalhar mais, receberá mais. Dworkin responsabiliza o sujeito social, que é o senhor de suas ações, é ele quem administra suas decisões a partir das escolhas que faz.



Na concepção de Robert Nozick, a ideia de princípio não resolveria a problemática pois as pessoas sempre subvertem princípios que são padronizados. Além do mais, o princípio padronizado ignora as desigualdades existentes entre aqueles que possuem mais daqueles que tem menos. Na concepção de Nozick, liberdade e igualdade social somente são realizáveis partindo-se de um conceito de sociedade ideal.

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