Deliberativos e Participacionistas

Existem diferentes linhas de divergências sobre qual seria o melhor modelo de participação política em um Estado de direito democrático que fosse ao mesmo tempo capaz de garantir as liberdades individuais e coletivas. Na teoria ou modelo deliberativo, também chamado de argumentativo, a defesa é pela participação coletiva (mas não-comunitário), como assinala o princípio “D”. O princípio “D”, abrange tanto os indivíduos interessados pelas decisões políticas como aqueles que se dizem afetados pela sua ação. Trata-se de uma política capaz de formar uma opinião, opinião forjada, no dizer de Habermas (apud., autor, ano), sem recorrer à obrigações de tomada de decisões. A teoria deliberativa é formada pela esfera pública (com função de reforçar os problemas sociais), opinião pública (liberdade de expressão e associação) e sociedade civil (movimentos, associações e organizações).

Outra corrente que vai construir sua teoria sobre a liberdade e participação é denominada de Participacionista. Essa corrente critica o modelo de participação popular das sociedades modernas, porque julgam que essa participação ocorre de maneira tímida e aparente daquilo que se anuncia como democrático. Há pelo menos duas visões sobre a participação das massas: Uma delas vê a participação como aparelhamento de governos totalitários, o que é uma incoerência, pois se contrapõe a um Estado democrático. Essa correlação faz com que sua ação seja confinada exclusivamente ao processo eleitoral. Outra visão sobre a participação popular, e menos pessimista, destaca que a participação do povo tem um caráter protetor, além do mais, também ensina que há interesses mais abrangentes (objetividade) do que os seus (subjetividade). E qual a importância disso? Ora, a participação é integradora e concretiza seus sonhos de liberdade através dos avanços no intelecto e na virtude, ao passo que fortalece o grupo social. Os participacionistas estão convencidos de que a democracia representativa não é suficiente e propõem em seu lugar a participação direta ou democracia radical.


A democracia racial tem como principal objetivo encontrar uma síntese ente as correntes deliberativas e participativas, nir seus ensinamentos, argumentação à participação. Tarefa nada fácil devido as divergências entre as duas correntes. Mas, em contrapartida, essas teorias concordam em que a democracia representativa é um mal que deve ser evitado

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