A quem educar? Por que educar? Como educar?
Durante
muitos séculos
o acesso ao conhecimento
esteve
atrelado aos grupos de poder. Estudar era
para poucos e
só muito tardiamente o ensino se institucionalizou.
Poderíamos
citar como exemplo qualquer cultura: indiana, grega, romana,
brasileira e tantas outras. Isso por um motivo muito simples:
frequentar aulas era muito caro (e ainda é) além
de ter um caráter
exclusivista: escravos,
mulheres e
a maioria da população que não tinha posse
de
terras ficavam
de fora desse processo. Atualmente
a sociedade confere à
educação uma importância capital por meio da qual se deve
desenvolver
todos
os
indivíduos,
incorporando-os
na sociedade.
Essa concepção de ensino universal
e público representou
um enorme avanço e que tem
seus antecedentes no século XVIII por
ocasião do Iluminismo (STEPHANOU; BASTOS, 2004).
A
educação é um processo
que socializa, que integra indivíduos em sociedades, nesse
sentido, a escola desenvolve um importante
mecanismo de reprodução social que
incluem também os valores e costumes de determinada sociedade. Essa
função educativa desempenhada pela instituição escola é bastante
importante para o desenvolvimento do indivíduo. Durkheim
percebia
na educação uma importante aliada para garantir a ordem social,
pois em uma sociedade há tantas subjetividades quantos são seus
indivíduos havendo para tanto a necessidade de envolver os
indivíduos em prol de um objetivo comum. Segundo Durkheim a
sociedade funciona como um organismo harmonioso, pois embora seja
formada por tantas individualidades juntas existe uma consciência de
conjunto ou pertencimento o que de certa maneira ameniza os conflitos
internos através das relações de solidariedade social. Para
Durkheim o processo de socialização a que os indivíduos estão
submetidos, podem ser compreendidos por uma relação binária
positivo e negativo considerando como positivo ou bom a assimilação
das normas e princípios morais que são imprescindíveis para a vida
em sociedade. Por outro lado, as limitações imputadas aos
indivíduos por meio de proibições e obrigações constituem o viés
negativo desse dualismo, embora necessário.
A
questão de como educar adequadamente os indivíduos, mas também
como garantir a todos igualdades de oportunidades e acesso a uma
educação de qualidade, além de depender de políticas efetivas
remete ainda às diferentes concepções pedagógicas e metodológicas
que conjuntamente se mostrem capazes de transformar os quadros de
desigualdades e injustiças (MELO, 2015).
REFERÊNCIAS
MELO,
Beatriz. M. Projeto político pedagógico e gestão do
trabalho escolar. Disponível
em
http://ava.ead.ufal.br/pluginfile.php/130511/mod_resource/content/4/Material%20Did%C3%A1tico%20PROJETO%20POL%C3%8DTICO%20PEDAG%C3%93GICO%20E%20GEST%C3%83O%20DO%20TRABALHO%20ESCOLAR.pdf
Acesso em 17 de Set. de 2015
STEPHANOU,
Maria; BASTOS, Maria. H. C. Histórias e memórias da
educação no Brasil: séculos XVI – XVIII. Rio de
Janeiro: Vozes, 2004. Vol I
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