Aula resumo Reforma Francisco Campos

DALLABRIDA, Norberto. A reforma Francisco Campos e a modernização nacionalizada do ensino secundário. Porto Alegre, [v. 32, n. 2, p. 185-191, maio/ago. 2009]

1º Parágrafo. 1931: A REFORMA FRANCISCO CAMPOS
1.1 Medidas:
a) aumento (de anos) e divisão do curso secundário
b) seriação do currículo
c) frequência obrigatória
d) imposição da avaliação

2º EMACIPAÇÃO POLÍTICA DO BRASIL
2.1 em 1837: criação do Imperial Colégio de Pedro II e os Liceus provinciais
2.2 ensino secundário: regime de cursos preparatórios e de exames parcelados (herança pombalina)
2.3 um único exame em cada uma das matérias
2.4  frequência não-obrigatória

3º Primeira República (1889-1930)
3.1 intervenção estatal significativa no ensino primário
3.2 ensino secundário: dominado pelas redes privadas, especialmente pela Igreja Católica
3.3 1930: a Igreja Católica estabeleceu majoritariamente um grande número de escolas secundárias

4º 1920: a Associação Brasileira de Educação (ABE) rediscute a educação no país
4.1 cursos preparatórios e de exames parcelados foi questionado
4.2 1930:  foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública
4.3 Francisco Campos foi indicado como o seu primeiro titular
a) criou o Conselho Nacional de Educação
b)  reorganizou o ensino secundário e superior

5º Cultura escolar burguesa
5.1 Campos afirma que a cadeira de educação moral, cívica ou política no ensino secundário é inútil;
5.2 o conteúdo desta disciplina de cunho moral e cívico foi transferida para a disciplina de Educação Religiosa;
5.3 a educação escolar não deve se resumir à transmissão e à memorização de noções e conceitos prontos, mas deve procurar direcionar o espírito dos estudantes para o trabalho ativo e pessoal, manifestando um espírito escolanovista;
5.4 Essa cultura escolar tinha como escopo maior a produção da autorregulação entre os alunos, que deveria concorrer para a construção da sociedade capitalista e disciplinar que se consolidava, no Brasil, nos anos de 1930;
5.5 incitamento dos estudantes ao trabalho regular, progressivo e produtivo, consolidando o espírito burguês na cultura ginasial e colegial;
5.6 o ritmo moderno e burguês imprimido na cultura escolar do ensino secundário prescrita pela Reforma Francisco Campos não era uma inovação peremptória na História da Educação
5.7 século XIX: os sistemas públicos de ensino apropriam-se e reinventam a cultura escolar disciplinar e burguesa criada pelos colégios religiosos na Idade Moderna
5.8 a estrutura do ensino secundário definida na Reforma Francisco Campos permaneceu vigente no mínimo até a década de 1960

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