Estruturalismo Francês características



 Vasconcelos (2005), identifica o estruturalismo como um conjunto de princípios identificáveis em diversas áreas: “na Linguística, com Sausurre; na Antropologia, com Lévi-Strauss; na Psicologia, com Piaget e Lacan; na Filosofia com Althusser” (p. 96). Para o autor, o estruturalismo é mais do que uma corrente de pensamento teórica e bem estruturada, mas antes um conjunto difuso  de posicionamentos que caminha por diferentes perspectivas. Na França dos anos 60 desabrochou uma nova linha de estruturalismo em oposição ao humanismo e historicismo existencialista. Também chamado de Estruturalismo Francês ou pós-estruturalismo, na prática, o pós-estruturalismo, foi uma tentativa de superação do estruturalismo clássico francês.

 Uma das características do pós-estruturalismo, assinalada por Vasconcelos (2005), diz respeito à rejeição de grandes modelos explicativos, uma tendência de questionar a objetividade da historiografia e uma visível tentativa de recuperar (ou não), o que ele chama de “intenção primária” do autor, no contexto em que foi escrito a História. Além dessa, outras 06 características são pontuadas por Perrone-Moisés (2004), como principais, à saber: 1) a atomização dos objetos e pontos de vista; 2) rejeição da razão absoluta; 3) descentralização do antropocentrismo; 4) interesse por questões de cunho social: exclusão, diferenças, margens; 5) interesse pela História e Cultura dos povos; 6) dissolução das fronteiras entre as disciplinas.



REFERÊNCIAS


PERRONE-MOISÉS, Leyla. Do positivismo à desconstrução: idéias francesas na América. São Paulo: Edusp, 2004.

VASCONCELOS. José A. Quem tem medo de Teoria? A ameaça do pós-modernismo na historiografia americana. São Paulo: AnnaBlume, 2005.

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