História do Ensino de Sociologia no Brasil


 A história da sociologia no Brasil após as várias tentativas no pós República, deve muito de sua atuação graças ao empenho de pensadores como Benjamin Constant, Gilberto Freyre, Antônio Carneiro Leão, Fernando de Azevedo, Carlos Delgado de Carvalho (SOCIOLOGIA NO BRASIL, 2015). A saga da sociologia no Brasil teve início em meados do século XX.  Duas décadas foram seminais para a introdução da disciplina de Sociologia no ensino brasileiro, o pontapé inicial se deu nos anos 20 por meio da inserção da Sociologia na educação básica e posteriormente na década de 30 quando houve a primeira abertura dos cursos de Sociologia em dois importantes centros de ensino: a Escola Paulista de Sociologia e Política e a Universidade de São Paulo. Apesar do avanço inicial necessário, uma dicotomia acompanha a trajetória da Sociologia como campo disciplinar dividido entre o universo de pesquisa e o exercício da docência. Longe de ser este o grande empecilho para sua efetiva consolidação essa dicotomia, porém, ainda não fora superada. Como a questão do conhecimento ao longo da História sempre esteve atrelado a grupos privilegiados de poder, o saber sociológico inicialmente esteve em domínio das classes elitistas e a extensão desse saber a um maior número de indivíduos ou diferentes extratos sociais representou um perigoso empreendimento ao poder dominante. Fato é que a Sociologia amargurou nos currículos escolares como uma disciplina intermitente, isto é, diversas interrupções conjecturais banirá a disciplina do ensino por longos períodos que, desta forma, provocará uma grande lacuna na educação brasileira e no processo de adequação do ensino à modernidade (OLIVEIRA, 2015).

O ensinar sociologia no Ensino médio
 No trato dos conteúdos sociológicos no ensino médio, o docente necessita expandir sua pesquisa para além do livro didático, mesmo sendo o livro um laborioso trabalho de pesquisa. Nesse sentido, a pesquisa deve proporcionar aos secundaristas uma consciência sociocrítica, isto é, um modo de pensar diferenciado, a acuidade sobre os diferentes contextos, suas múltiplas abordagens e teorias que a pesquisa sociológica alenta. Que futuro se pode legar as gerações quando significativa parcela da sociedade juvenil não é politizada ou se entregam às drogas? O professor pode oferecer aos seus alunos diferentes compreensões com base na pesquisa sociológica, ao invés de reafirmar que “fazem uso das drogas porque querem”, ou que “política não se discute” e outros jargões que são naturalizados, o professor pode contestar essas compreensões equivocadas buscando nos processos sociais ou através de características socioculturais, respostas que são ignoradas pelo senso comum ou pelos meios de comunicação de massa (POR QUÊ ENSINAR SOCIOLOGIA? 2015).

 
 



REFERÊNCIAS



OLIVEIRA, Amarubi. P. Sentidos e dilemas do ensino de Sociologia: um olhar sociológico. [Revista Inter-legere, nº 09] Disponível em http://www.cchla.ufrn.br/interlegere/09/pdf/09es01.pdf Acesso em 29 de Set. de 2015

POR QUÊ ENSINAR SOCIOLOGIA? Disponível em http://ava.ead.ufal.br/mod/resource/view.php?id=64685 Acesso em 20 de Out. de 2015.

SOCIOLOGIA NO BRASIL. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=RC7m-hQb9IE Acesso em 20 de Out. de 2015.


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