O Recurso eletrônico em sala de aula 


 Além do recurso didático analógico, outra possibilidade de se trabalhar com os alunos é com a utilização dos recursos eletrônicos. Os recursos didáticos estão presentes na escola e na sala de aula, no acesso as redes sociais, por meio de smartfones, notebooks, tabletes, computadores, etc. Nós professores devemos utilizar esses recursos em prol da educação associando-os à aprendizagem, relacionando expressões do cotidiano do aluno com os conteúdos curriculares. Os recursos didáticos do tipo eletrônico possibilitam múltiplas variedades de seu uso na sala de aula, pois esse tipo de recurso está bastante disseminado no cotidiano de professores e alunos, no entanto o manuseio e domínio desses instrumentos deve estar contemplado no plano de aula, sendo aconselhado sua antecipação antes da aula propriamente dita (MARTINS, 2016).

 O uso de recurso didático eletrônico requer do professor a habilidade para conectar os conteúdos de sociologia aos instrumentos utilizados, assim se o docente pretende trabalhar uma temática, por exemplo, sobre o golpe militar de 1964 utilizando como recurso eletrônico a música, deverá selecionar uma música relacionada ao tema. O uso de recursos musicais na sala de aula é de grande importância para o aprendizado dos alunos. Não se trata de transformar a sala de aula numa discoteca, mas de possibilitar um ambiente agradável, não evasivo, na construção do conhecimento. Essa importância da música no ensino d Sociologia é ressaltada por Loureiro (2003) como uma forma de explorar os aspectos cognitivos do ser humano por meio dos sentidos e “não por meio do adestramento e da alienação, mas pela conscientização da interdependência entre o corpo e a mente, entre a razão e a sensibilidade, entre a ciência e a estética” (LOUREIRO, 2003. p.142).

 Infelizmente para muitos, o ensino e aprendizagem ocorre apenas quando “houver silêncio e imobilidade. Levantar-se da carteira, querer falar, ler a resposta em voz alta, fazer perguntas podem ser vistos como desorganização e indisciplina” (SILVA, 2015. P. 04). Essa perspectiva pedagógica se enquadra numa linha tradicionalista, há muito foi repudiada dos círculos escolares e ainda é fortemente criticada suas formas de resistência nas unidades de ensino. Medidas impositivas são para as crianças e jovens verdadeiras camisas de força e nada garantem sua eficácia metodológica para o ensino e aprendizagem. O professor, ao inclui musicalidade na aula, o faz sob um viés metodológico, aliás a música é um componente com forte poder de integrar a classe sem o uso de imposições ou constrangimentos para o aluno, pois os jovens aprendem e pensam se movimentando, conseguem fazer atividades ouvindo músicas em casa ou na sala de aula (os fones de ouvidos são um dos utilitários que compõem parte de seu material escolar que o aluno traz em sua mochila no caminho para a escola).

 Braga Júnior (2014) ressalta que apesar dos recursos do tipo eletrônico prender a atenção dos alunos, esse tipo de escolha deve estar atento a alguns cuidados muito recorrentes (falta de energia elétrica, defeito do aparelho, saber manusear, etc). Para Martins (2016) como esses casos podem ser previamente diagnosticados, a recomendação é que o professor esteja preparado para esses problemas por meio de um plano “B”, isto é, uma segunda opção de trabalho com a classe em que seja possível dar continuidade aos conteúdos evitando-se eventuais transtornos. Durante o planejamento da aula o professor deve estar atento a essas situações atípicas.
 

REFERÊNCIAS



BRAGA JÚNIOR, Amaro. X. Projetos Integradores 4. Disponível em http://ava.ead.ufal.br/pluginfile.php/150891/mod_resource/content/1/Manual_Projetos_integradores_4%20%281%29.pdf Acesso em 21 de Mar. De 2016.

LOUREIRO, Alícia. M. A. O ensino de música na escola fundamental. Campinas, SP: Papirus, 2003

MARTINS, Sílvia. A. C. Projetos Integradores 7. Disponível em http://ava.ead.ufal.br/pluginfile.php/150100/mod_resource/content/2/Livro%20B%C3%A1sico%20PROJETOS%20INTEGRADORES%207.pdf Acesso em 21 de Mar. de 2016.

SILVA, Rita. C. O Desenvolvimento da autonomia em sala de aula: uma experiência com professores_e_alunos._Disponível_em_http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/79/336, Acesso em 20 de Mar. de 2015._RPD – Revista Profissão Docente, Uberaba, v.4, n. 10, p. 16- 41,jan/abr. 2004 – ISSN 1519-0919

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