Semelhanças e diferenças entre o Estrutural-Funcionalismo Britânico e a Antropologia Dinâmica


funcionalismo estrutural:

 O funcionalismo estrutural caracteriza-se, inicialmente, pela oposição ao evolucionismo cultural, "formulado em um período de contestação às teorias evolucionistas, o funcionalismo estrutural de Radcliffe-Brown proporcionou uma junção entre a antropologia britânica e a sociologia durkheimiana" (FELDMAN-BIANCO, 1987:17). Radcliffe-Brown é considerado um dos fundadores do funcionalismo-estrutural que, juntamente com Malinowsk, desenvolveram enfoques pautados nas análises do status quo social. Para Radcliffe-Brown as análises deviam se ocupar com eventos sociais que eram recorrentes, ou seja, percebeu-se que em determinadas circunstâncias alguns eventos ocorriam e voltavam a ocorrer, em detrimento de outros eventos menos recorrentes e que por esse motivo, não se devia ocupar com eventos atípicos, isolados, que não constituíam a regra, para um estruturalista a ênfase está na morfologia social (loc. cit.).

 Tanto a Antropologia Social Britânica, quanto o Funcionalismo, se detêm com os estudos de pesquisa de campo. Essas pesquisas, ora são encampadas numa linha malinowskiana (pesquisa de campo, propriamente dita), ora numa linha de Radcliffe-Brown (análise teórica estrutural). O estrutural-funcionalismo, segundo Radcliffe-Brown, confere especial atenção ao estudo comparado entre as instituições políticas em sociedades mais simples. Suas análises e teorias correspondem ao estilo estruturalista, no entanto a pesquisa de campo permanece funcionalista ou Malinowskiano, isto é com a ideia, ainda, de equilíbrio social.

Antropologia Dinâmica
 A escola de Manchester e a antropologia dinâmica se ocuparam com problemas de cunho de manipulação das regras e do conflito de normas, dentro de uma perspectiva histórica. Quatro autores ilustram essa perspectiva dinâmica da Antropologia Social Britânica, a saver: Van Velsen, Frederik Barthes, Edmund Leach e Max Gluckman. Este último, passou a questionar os pressupostos teóricos de seus professores no que diz respeito ao método estrutural-funcionalista. Afirmava que a teoria funcionalista não era suficiente para compreensão dos conflitos e das competições entre indivíduos. "Ele passou a fazer estudos de casos e análises das interações entre atores sociais"(PAULA XAVIER, 2009:106). O estudo de casos é uma das características da Escola de Manchester que deduz regras e suposições por meio de análises sobre interações sociais.




REFERÊNCIAS



FELDMAN-BIANCO, Bela. A antropologia das sociedades contemporâneas. São Paulo: Global, 1987.

O ESTRUTURAL-FUNCIONALISMO BRITÂNICO E A ANTROPOLOGIA DINÂMICA. Disponível em http://graduacao.ead.ufal.br/course/view.php?id=308. Acesso em 25/Ago., de 2014.

PAULA XAVIER, Juarez. T. Teorias Antropológicas. Curitiba: Iesd, 2009.

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