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Sociologia, PCN e Currículo

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Parece razoável afirmar que a disciplina de Sociologia vem se consolidando ao longo dos anos, através de leis que garantem sua efetiva realização nas unidades de ensino do país. A licença da disciplina conta com a Lei de Diretrizes e Bases de 1996 (LDB/1996); Parecer 15/98; Resolução 03/98. Todas contempladas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN/2000) e tentam responder as questões do tipo: por que ensinar Sociologia? O que ensinar? Como ensinar? Afirmam ainda que o conhecimento sociológico tem as seguintes atribuições: "investigar, identificar, descrever, classificar e interpretar/explicar todos os fatos relacionados à vida social (PCN, 2000)" (.PLANCHAREL; OLIVEIRA, 2007: 140). É inegável a pertinência e contribuições que a sociologia pode desenvolver no alunado, como por exemplo, no aguçamento de sua consciência crítica participante. No entanto, Moraes(2012) reconhece que a situação da escola pública no Brasil compromete o desempenho do ensino de sociologia e

Perspectiva de Gilberto Freire sobre a mestiçagem

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Gilberto Freire negando-se a pensar a mestiçagem como um mal, mas não só, rompendo com o evolucionismo cultural, escreve o quanto foi fecundo o cruzamento entre os povos. Mesmo não dando visibilidade aos estupros e as desigualdades [que Freire estava ciente], entre senhores e escravos, prefere a nostalgia de uma América Portuguesa que não existe mais. O foco na miscibilidade permitiu a Freire exaltar os portugueses enquanto colonizadores. Seu pensamento filia-se, desse modo, à ideologia de um país colapsado pelos engenhos. Por isso mesmo será muito criticado como "luso-tropicalista" e "justificador do imperialismo português" (FREITAS, 2000). Se por um lado o antagonismo harmônico de Freire, em sua obra Casa Grande &Senzala (1933), empenhou-se em compreender a formação cultural brasileira com base na origem dos povos africanos, europeus e indígenas, resultando em fragilidades e incongruências ressaltadas pela crítica literária, pois " Assentou as

Mestiçagem na perspertiva de Gilberto Freire

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      Gilberto Freire, negando-se a pensar a mestiçagem como um mal, mas não só, rompendo com o evolucionismo cultural, escreve o quanto foi fecundo o cruzamento entre os povos. Mesmo não dando visibilidade aos estupros e as desigualdades [que Freire estava ciente], entre senhores e escravos, prefere a nostalgia de uma América Portuguesa que não existe mais. O foco na miscibilidade permitiu a Freire exaltar os portugueses enquanto colonizadores. Seu pensamento filia-se, desse modo, à ideologia de um país colapsado pelos engenhos. Por isso mesmo será muito criticado como "luso-tropicalista" e "justificador do imperialismo português" (FREITAS, 2000). Se por um lado o antagonismo harmônico de Freire, em sua obra CasaGrande & Senzala (1933), empenhou-se em compreender a formação cultural brasileira com base na origem dos povos africanos, europeus e indígenas, resultando em fragilidades e incongruências ressaltadas pela crítica literária, pois "

Funcionalismo Estrutural e Antropologia Dinâmica

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        Funcionalismo estrutural: O funcionalismo estrutural caracteriza-se, inicialmente, pela oposição ao evolucionismo cultural, "formulado em um período de contestação às teorias evolucionistas, o funcionalismo estrutural de Radcliffe-Brown proporcionou uma junção entre a antropologia britânica e a sociologia durkheimiana" (FELDMAN-BIANCO, 1987:17). Radcliffe-Brown é considerado um dos fundadores do funcionalismo-estrutural que, juntamente com Malinowsk, desenvolveram enfoques pautados nas análises do status quo social. Para Radcliffe-Brown as análises deviam se ocupar com eventos sociais que eram recorrentes, ou seja, percebeu-se que em determinadas circunstâncias alguns eventos ocorriam e voltavam a ocorrer, em detrimento de outros eventos menos recorrentes e que por esse motivo, não se devia ocupar com eventos atípicos, isolados, que não constituíam a regra, para um estruturalista a ênfase está na morfologia social (loc. cit.). Tanto a Antropologia Socia

Antropologia Dinâmica:Gluckman e Barthes

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No estudo sobre Antropologia Social Dinâmica, dois importantes precursores se destacam: Gluckman e Barthes. Ambos se empenharam na ascensão da Antropologia Social, cada um com características próprias. Herman Max Gluckman, foi um importante e renomado antropólogo social britânico. Em 1949 tornou-se o primeiro professor de Antropologia Social da Universidade de Manchester e fundou a Escola de Antropologia de Manchester. Nascido e criado na África do Sul, Gluckman optou pela cidadania britânica, pois não concordava com o apartheid dominante na África. Aluno de Evans-Pritchard e Radcliffe-Brown, formou-se na universidade de Oxford, onde concluiu seu doutorado. Como antropólogo, desenvolveu estudos de campo em Zâmbia, entre os povos Lozi e Tonga. Analisando as relações existentes entre africanos e europeus, Gluckman percebe a existência de modos específicos de comportamentos, certificando-se de que os conflitos moldavam-se, dinamicamente, conduzidos pelos dois grupos étnicos opos
Na Tailândia há uma Tradição que mantêm viva uma antiga crença religiosa. As pessoas fazem um banquete para os macacos, geralmente na cidade de Lopburi, região central da Tailândia. A cerimônia tem um caráter religioso, porque os tailandeses acreditam que os macacos são descendentes de um Deus da religião hinduísta, chamado de Hanuman. A cerimônia acontece no templo de Prang Sam Yot. Durante os festejos são oferendados toneladas de frutas, verduras e guloseimas ao ritmo de muita música e danças tradicionais. Jovens Tailandeses costumam vestir-se de macacos durante o festival e fazem coreografias. Na tradição religiosa, Hanumam - o Deus macaco - simboliza a "consciência e a lógica superior". Os atributos desta divindade são a agilidade e a força (descrita no livro Hamayana) e como se trata de um Deus, Hanuman é imortal. Como a maioria dos Tailandeses são budistas, inúmeros wats (templos) foram eregidos para honrar Buda e seus ensinamentos. Uma antiga tradição

Hanuman - O macaco Deus

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    Na Tailândia há uma Tradição que mantêm viva uma antiga crença religiosa. As pessoas fazem um banquete para os macacos, geralmente na cidade de Lopburi, região central da Tailândia. A cerimônia tem um caráter religioso, porque os tailandeses acreditam que os macacos são descendentes de um Deus da religião hinduísta, chamado de Hanuman. A cerimônia acontece no templo de Prang Sam Yot. Durante os festejos são oferendados toneladas de frutas, verduras e guloseimas ao ritmo de muita música e danças tradicionais. Jovens Tailandeses costumam vestir-se de macacos durante o festival e fazem coreografias. Na tradição religiosa, Hanumam - o Deus macaco - simboliza a "consciência e a lógica superior". Os atributos desta divindade são a agilidade e a força (descrita no livro Hamayana) e como se trata de um Deus, Hanuman é imortal.     VILLELA . Fábio R. Deuses e Deusas hindus - Dicionário digital. s.l. s.n.,2009   MACACOS GANHAM BANQUETE NA TAILÂNDIA. Disponív

Prática pedagógica e prática docente no ensino sobre culturas

preocupação em preservar a diversidade Atualmente,se observa uma preocupação em preservar os aspectos culturais de um povo, respeitar a diversidade de comportamentos, pensamentos, crenças, etc. Essa postura tem se mantido como a chave para o bom relacionamento entre as nações, sobretudo graças à emancipação da antropologia e do método etnográfico. No entanto, essa preocupação com as diferenças vem de longas datas, como se observa na literatura clássica: Heródoto (484-424 a. C,); José de Anchieta (1534-1597); Marco Polo (séc. 13);Tácito (55-120); Montaigne (1533-1572). A diversidade de costumes contemporãneos vão desde os hábitos culinários dos franceses ao harakiri japonês, o sentido de trânsito na Inglaterra, os indicadores culturais de virilidade, a restrição de consumo de alimentos entre os hindus, islâmicos, judeus, etc. tudo isso reunidos numa gama de manifestações culturais que não podem ser ignoradas, tampouco impostas como modelo a ser seguido às demais culturas (SIL

metodologia antropológica

Como observa Paula Xavier (2009), foi no interior do campo teórico das Ciências Sociais, que a antropologia desenvolveu seu status de Ciência, definiu seu objeto de estudo, suas metodologias e técnicas de estudo. Segundo o autor, a metodologia antropológica possibilitou o que ele chama de "extraordinária" abertura para as pesquisas posteriores através de denso aparato conceitual, cujo principal representante ( considerado o "pai da Antropologia francesa"), foi Marcel Mauss. Metodologia antropológica, nesse sentido, envolve estudos etnológicos, a etnografia, o relativismo cultural, entre tantos outros. Sua abordagem dentro das Ciências Sociais, ocupa -se com a antropologia evolucionista, o culturalismo a antropologia social e a escola sociológica francesa. A Antropologia é uma Ciência que estuda diferentes aspectos da vida humana, nesse sentido, é antropológico os costumes de um povo, seus hábitos, as crenças, ritos, mitos, folclore. Etimologicamente, a p

Vida nos quilombos

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a cor como referência Ao falar em quilombo, já nos vem a mente uma série de conexões linguísticas correlatas ao termo como: escravidão, colônia, tráfico negreiro, alforria, etc. Talvez isso se deva ao fato do termo está ligado diretamente ao contato com a disciplina de História de Brasil, ou ainda por constituírem referenciais e construções socioculturais de jogos de poder. No segundo caso faz-se necessário o cuidado para não neutralizar essas construções como algo que já nasce pronto e acabado. É sabido o quanto um referencial qualquer: indígena, negro, branco, etc. são construções categóricas responsáveis pela manutenção e continuidade dos processos sociais. quilombos africanos Quando a estrutura colonial, baseada na mão-de-obra escrava, já sinalizava a falência desse modelo econômico, muitos escravos alforriados que resistiam à escravidão se organizavam em grupos conhecidos como quilombos. Embora o quilombo já fosse uma realidade na África, ou seja, já existisse como arm