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Greve 2015 dos Professores estaduais de Alagoas

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DIA 23 de Setembro: ASSEMBLÉIA GERAL Local:Espaço Cultural Profª Jarede Viana (Sede/Sindicato) horário:9:00 hs PAUTA : Informes gerais Retorno da audiência com o secretário de estado da Educação PEE (Plano Estadual de Educação) DIA 22  de Setembro: ATO PÚBLICO Local:Em frente a Secretaria de Planejamento e Gestão - SEPLAG  (R. Barão de Penedo, Centro) horário:9:00 hs "o Executivo estadual  descumpre   o acordo " reajuste aplicado de forma diferenciada entre magistério e demais profissionais da educação  "o gestor recuou e não cumpriu a palavra" .  "O governo concordou, aceitou, mas, no texto sancionado e publicado no Diário Oficial do Estado,  foi feita a separação " Apesar de aplicar o mesmo percentual de reajuste para todas/os as/os profissionais da educação, que ficou em 7% (sete por cento) no total, o governo parcelou de forma diferente, trazendo reais prejuízos às/aos funcionárias/os. Confira: Disponível em  http:

Formação do Estado brasileiro na República

Ao tentar revisitar o debate sobre a formação do Estado brasileiro, é preciso considerar que as teorias políticas ao precederem as atuais abordagens, são responsáveis por cunharem uma historiografia em que as principais causas e características estão fortemente relacionadas com o julgo português. Desta maneira, muitos conceitos definidos por Weber são retomados, como por exemplo, o patrimonialismo e a burocracia.  Para Rocha (2005), os discursos que sempre tentaram explicar o atraso do Brasil frente as grandes potências mundiais, sempre estiveram ligados às ideias de herança portuguesa, ao escravagismo da monarquia e até ao fenômeno da miscigenação entre os povos africanos, europeus e indígenas. No entanto, por meio da análise weberiana se percebe que no Brasil algumas características oferecem outras variáveis interpretativas para o estado de ressonância e inércia social do país. Uma delas é o patrimonialismo, entendido como exercício legítimo do poder, mas que apresenta dificuld

Ética e política

A fundamentação  teórica entre Ética  e Política e a relação entre os dois conceitos Para o mundo grego, a preocupação entre bom e mau governo, entre a virtude e o abuso de poder, levaram os pensadores gregos a desenvolverem e fundamentarem os conceitos de ética e política. Entretanto, na Grécia antiga não existia uma moral universal, mas diversas escolas filosóficas que defendiam cada uma determinada moral em vez de outras. Apesar das questões referentes as ideias sobre a ética e a política remeterem à primazia dos pensadores da Grécia antiga, Norberto Bobbio (1992) estrutura suas teorias a partir da filosofia política moderna, isto é, a partir da formação do Estado moderno e sob influência do pensamento maquiavélico. Na mesma linha de pensamento de Maquiavel, Bobbio afirma existir uma dicotomia entre ética e política da mesma maneira que existe entre Estado e Igreja. Aliás, sempre existiu, por parte da Igreja, tentativas de moralizar a atividade política daqueles que exer

Instituições políticas brasileiras: o pensamento de Oliveira Vianna e Raymundo Faoro

Se revisitarmos, por exemplo, algumas ideias recebidas como a de Oliveira Vianna, defensor de uma tradição privatista, a análise sociológica que o autor faz da sociedade e da política brasileira é o de que a adoção de políticas que não contemple a realidade brasileira pode culminar numa espécie de idealismo utópico. Seria um erro desconsiderar o modo de vida, as necessidades e o aspecto cultural de um determinado povo por ocasião da implantação de uma política com bases em padrões estrangeiros. Segundo Oliveira Vianna é necessário entender o Estado a partir daquilo que o origina: o povo. Numa linha de pensamento que se apoia na tradição estatista, Raimundo Faoro ressalta a relação de subordinação existente ente a sociedade e o Estado. O Estado oprime a sociedade. A política estatal que deveria garantir as liberdades individuais e coletivas, oprime a sociedade quando esta se rebela diante de uma situação de injustiça. Segundo Faoro, existe um ranço político no modo de resolução dos p

Importância do voto para criação de uma sociedade mais livre e igualitária

Para Seng(1992) e Young (1990) (apud. SILVA JÚNIOR, 2014. p.08), a reconfiguração das teorias sobre liberdade e igualdade pelos modernos contribuem na estruturação de uma sociedade mais livre e igualitária. Mesmo considerando que “construir uma sociedade onde todos sejam livres e iguais é sem dúvida um dos maiores projetos inacabado da humanidade. Não é difícil perceber o quanto estamos longe da realização desse ideal” (SILVA JÚNIOR, 2014.p. 6). Desse modo, embora liberdade e igualdade sejam contempladas pela doutrina do jusnaturalismo, segundo o axioma de que todos os homens são iguais perante a lei, há grandes e contraditórios conflitos de interesse sobre o dimensionamento da liberdade e igualdade da vida em sociedade. Em geral esses conceitos são absorvidos sobre a ideia da esfera privada, isto é, dos interesses pessoais, no sentido oposto à natureza pública ou coletiva 1 . Na concepção dos gregos, só era possível assegurar igualdade e liberdade, por meio da participação na póli

Shumpeter, Downs e Dahl: importância do cidadão para a democracia pluralista

A democracia pluralista é um modelo que reconhece no cidadão um importante papel na definição da política pública, pois para essa corrente de pensamento, através do pleito eleitoral os cidadãos têm o poder de tomar decisões que lhes são mais favoráveis e traduzam suas reais necessidades. No entanto, reconhece que esta participação não é direta, isto é, não cabe ao cidadão deliberar sobre as decisões políticas, pois ao escolher por meio do voto aqueles que os representarão, o eleitor atua como mero coadjuvante das plataformas políticas. Para compreendermos melhor, vejamos os principais argumentos levantados por três pensadores dessa corrente. Como observa Joseph Schumpeter, existem praticamente dois grupos que disputam o poder, os grupos políticos e os eleitores propriamente dito. Para o autor, o objetivo do eleitorado nessa disputa política, resume-se em definir qual grupo político subirá no poder para governar e decidir as demandas, ou seja, maximizar soluções para os problemas qu

Deliberativos e Participacionistas

Existem diferentes linhas de divergências sobre qual seria o melhor modelo de participação política em um Estado de direito democrático que fosse ao mesmo tempo capaz de garantir as liberdades individuais e coletivas. Na teoria ou modelo deliberativo, também chamado de argumentativo, a defesa é pela participação coletiva (mas não-comunitário), como assinala o princípio “D”. O princípio “D”, abrange tanto os indivíduos interessados pelas decisões políticas como aqueles que se dizem afetados pela sua ação. Trata-se de uma política capaz de formar uma opinião, opinião forjada, no dizer de Habermas (apud., autor, ano), sem recorrer à obrigações de tomada de decisões. A teoria deliberativa é formada pela esfera pública (com função de reforçar os problemas sociais), opinião pública (liberdade de expressão e associação) e sociedade civil (movimentos, associações e organizações). Outra corrente que vai construir sua teoria sobre a liberdade e participação é denominada de Participacionista

Analisando o filme BESOURO

Em linhas gerais, trata-se de um filme ambientado em Santo Amaro, numa cidade localizada no recôncavo baiano do Estado da Bahia. Portanto, no filme estão muito presentes as relações sociais que se deram entre ex-escravos, feitor e senhor de engenho, estendidas mesmo após a abolição da escravatura de 1888. O autor aborda temas presentes do cotidiano como a marginalização da capoeira que culmina na perseguição e morte do mestre Alípio, as dificuldades que os ex-escravos tiveram para se inserir no novo modelo econômico pré-industrial e agrário. O preconceito racial, o status e os papéis sociais são a tônica do filme numa trama que mistura luta pela igualdade, amor, traição e violência. 1 Observa-se que a prática da capoeira, o candomblé e outros elementos da cultura afro brasileira, no pós-abolicionismo, ficaram restrita as comunidades afrodescendentes. O filme retrata o cenário em que homens, mulheres e crianças foram isolados dos direitos civis e sociais, vivendo em condições precá

A aplicação do método positivista na história da política brasileira

O método positivista, que tem como maior expressão o filósofo francês Augusto Conte, está grandemente marcado pela influência do pensamento evolucionista contido em sua obra e expressa sobre a hierarquia dos fenômenos que é o principal motor para a compreensão de suas ideias. Por outro lado, numa perspectiva hermenêutica e não linear da história, a ênfase recai sobre a relativização de diferentes perspectivas, (MELO, 2015)¹. O positivismo desenvolveu-se como uma linha de pensamento que exalta o conhecimento e método científicos. Essa característica, além de exaltar os benefícios da industrialização, seus processos e conquistas advindas da Revolução Industrial (sem considerar o quanto a Revolução Industrial foi cruel para a classe trabalhadora), visualiza com grande otimismo o capitalismo financeiro, a técnica e a ciência (COTRIM, 1986)². Segundo a concepção desenvolvida por Conte, através de três diferentes estágios (teológico, metafísico e positivo), o homem alcançaria o últ

As principais contribuições dos Estudos de Comunidades no Brasil para a Antropoloiga

A característica mais geral dos estudos antropológicos sobre a etnologia indígena repousa na premissa de que os estudos sobre as comunidades indígenas permitiram a continuidade da Tradição das Ciências Sociais. Isso foi possível graças ao trabalho realizado pelos antropólogos e a utilização do método etnográfico. Havia necessidade de uma metodologia que fornecesse uma compreensão mais subjetiva da realidade social das populações indígenas, mas que não fosse tão abrangente quanto a macrossociologia, que se preocupava com questões nacionais muito amplas. Para compreender a vida social dos indígenas, sem as pré-noções e preconceitos fazia-se necessário pensar e agir como um índio, isto é, despojar-se da própria cultura recebida. Isso só seria realizável por meio de estudos que estivessem pautados na observação direta, in loco , participando de uma relação ad intra , de dentro para fora, e não o contrário. Entre as contribuições mais significativas que os estudos de comunidades no Br